Ana

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Sinopse (português)

Stela, uma jovem atriz brasileira, decide fazer um trabalho sobre as cartas trocadas entre artistas plásticas latino-americanas nos anos 1970 e 1980. Viaja para Cuba, México, Argentina e Chile à procura de seus trabalhos e de depoimentos sobre a realidade que elas viveram durante as ditaduras que a maior parte desses países enfrentaram na época.  Em meio à investigação, Stela descobre a existência de Ana, uma jovem brasileira que fez parte desse mundo, mas desapareceu. Em 1968, Ana foi do sul do Brasil, de uma pequena cidade do interior, para a efervescente Buenos Aires, que vivia um momento de mudança nas artes plásticas e no comportamento. Obcecada pela personagem, Stela resolve encontrá-la e descobrir o que aconteceu com ela.

Nota da diretora (português)

“Ana” pode ser chamado de um “fakedocumentary”, em que se mistura ficção e realidade. O filme parte do conceito expresso por Virginia Woolf em seu livro “Um teto todo seu”, de que a ficção pode conter mais verdade do que os fatos.

O filme pretende fazer um panorama das mulheres artistas latino-americanas nos anos 70 e 80 e, através de Stela, estabelecer uma ligação com o mundo de hoje. “Ana” poderia ser chamado de híbrido, pois ao mesmo tempo em que se apresenta na proposta estética como um documentário, e tem em todas as artistas dos anos 70 e 80 figuras reais bastante conhecidas e importantes em seus países, também propõe uma narrativa ficcional.  Essa narrativa se expressa por meio de Stela, que será representada por uma atriz. Essa proposta, apesar de trabalhar com algumas referências (obras como Sweet and Lowdown (1999), de Woody Allen, com Sean Penn, Incidentat Loch Ness (2004), com Werner Herzog, Forgotten Silver (1995), de Peter Jackson, entre outras), aposta numa linguagem própria e na busca de referências latino-americanas. Trabalha com drama, e traz questões como o papel da mulher, a realidade política do continente, a situação das artes plásticas, o que o distingue desses filmes de referência, que em geral apostam na comédia. Pode ainda ser pensado como um road-movie (mesmo que a estrada seja aérea), pois Stela vai à procura de suas obsessões em vários países.

No que diz respeito às obras de arte da personagem fictícia Ana, estamos trabalhando com uma jovem artista brasileira. Quanto às entrevistas, vamos tanto usar personagens reais que falem de suas épocas assim como atrizes representando personagens que possam estabelecer conexão com a parte ficcional do filme.

Direção e argumento: Lucia Murat
Roteiro: Lucia Murat e Tatiana Salem Levy
Produção: Lucia Murat e Felicitas Raffo
Direção de fotografia: Léo Bittencourt
Montagem: Mair Tavares e Marih Oliveira
Som direto: Andressa Clain Neves
Edição de som: Simone Petrillo e Ney Fernandes
Trilha sonora: LivioTragtenberg
Mixagem: Emmanuel Croset